segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nine cuts, one feeling.



Ardem-me os olhos de tanto tempo estarem abertos, dói-me a cabeça de tanto calcular e pensar mas grita-me o coração de tanto te amar.

Os apertos foram-se, os abraços continuam. As forças cansadas, mas de cabeça erguida, vão lutando contra esta vida, também ela, cansada. A minha pequena caixa regista, a um ritmo frenético, tudo aquilo que já vivi contigo e os meus olhos, acelerados, fazem-me (re)ver tudo ao mais ínfimo pormenor porque a memória, no NOSSO caso, e por muito cansada que esteja por todas as eventualidades desta vida, nunca falha. E se nunca falha é porque, ao pensar em ti, é bombeada uma grande quantidade de sangue, do meu coração para a minha cabeça, e se esse sangue é bombeado é porque me fazes viver. Por isso, e perdoem-me as milhares de pessoas o plágio, vivo por ti.

Nunca antes existiu tanto sentimento em mim como nestes últimos nove recortes da minha vida. E sim, quando falo em sentimento falo sempre em algo bom, porque para mim o mau não pode ser sentimento. Pode ser sentido, mas não sentimento.

Por tudo isto, minha pequena, parabéns.

Parabéns por me fazeres escrever estas palavras com um sorriso no rosto e sem pensar nelas, deixando-as fluir do meu coração para a ponta dos meus dedos.

Parabéns por, em nós, existir só um.

Parabéns por tudo o que conseguiste fazer de mim e, finalmente, parabéns por todo o contributo que NOS deste.

Simplesmente? Simplesmente amo-te!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

I'm back



Já voltei. Como o prometido é devido, assim o comprovo.

Foi bom adormecer com as gaivotas mas é mau conviver, de novo, com as folhas de papel e as preocupações. Então se juntarmos a isto o barulho silencioso que percorre a noite nesta cidade, torna-se mau.

Enfim, aqui estou de novo no meu antro de preocupações. Acabem, por favor!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

I'll be back



Vai saber bem respirar maresia, ouvir gaivotas ao adormecer e disfrutar desta areia, mas prometo que volto.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Palavras e sentimentos"



"Se não disseres nada compreenderei melhor [...], há ocasiões em que as palavras não servem de nada" - José Saramago

Ás vezes falo demais. Falo tanto tanto tanto que chego a dizer nada. De que servem as palavras ditas? Nada. Normalmente aquilo que se diz tem um leque de efeitos que surpreende: tanto te podem dizer tudo, como nada. Temos aquelas que são bonitas, mas podres e falsas. Aquelas horrorosas mas que exprimem tudo aquilo que vivenciamos interiormente. As outras que saem tortas e aquelas que saem no momento certo e encaixam na perfeição (como tu e eu...).

No entanto, sinto que o sentido das palavras está banalizado... Sinto isso, mas eu, por mim mesmo, continuo a dar todo o sentido áquilo que profiro, porque senão, de que me vale saber falar? Pretendo com isto dizer-te que, sempre que te digo "amo-te", que menciono que "estás mesmo bonita hoje" ou até quando não acerto na mouche da palavra, digo o que sinto.

Devias sentir-te orgulhosa disso... Orgulhosa por saberes que contigo sou sempre, sem excepção, sincero. Eu sei que não existe no Mundo alguém com mais orgulho em mim do que tu, eu sei! Mas não te esqueças que se há alguém que sorri de forma parvalhona sempre que estás irritada, chateada, feliz, sorridente e todos os teus estados de espírito; se há alguém que te abraça sempre que estás eufórica, furiosa, "piursa", chateada, triste; alguém que te ouve infindavelmente sobre assuntos que não entende; alguém que te observa até quando estás de olhos fechados... esse alguém sou eu.

E cada palavra que proferes, mesmo com a maior das inocências, tem em mim um efeito explosivo... É mau de certo modo, mas prefiro ver sempre o que é bom. Bom porque me faz sentir as coisas boas no extremo e no ponto máximo.

O mau? O mau é para depois e para nunca.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Enjoy love, enjoy!




"Aprende-se a amar não quando se encontra a pessoa perfeita mas quando se aprende a acreditar na perfeição de uma pessoa imperfeita."


Não podia ser mais verdade esta frase meu amor. Como bem sabes (por minha insistência nas palavras), eu não sou perfeito e tu também não. No entanto, se nos unirmos os 2 num ponto comum, estou certo que também não atingiremos a perfeição... Mas gosto de acreditar que estamos cada vez mais perto.

Ambos somos imperfeitos, contudo, a nossa relação (o NOSSO ponto comum) eleva-nos e faz-nos acreditar que essa útopia (a perfeição, sabes?) está bem mais próxima de nós.

Como é tão bom e faz tão bem pensar nisto... Já chega de pensamentos enfadonhos e tristes, já chega de choraminguices a toda a hora e minuto e segundo. Sou feliz porra! Deixem-me viver este presente que a ironia da vida me ofereceu, usufruir dele como uma criança degusta, deliciada, um chocolate quando o saboreia pela primeira vez...

Usufrui disto comigo meu amor! Aproveita esta sensação de querer e poder ter...

(Eu sei que o fazes, eu sei!)

domingo, 3 de julho de 2011

"Moi&Toi"




"Não só os sentimentos criam palavras, também as palavras criam sentimentos. As palavras formam uma arquitectura de ferro. São a vida e quase toda a nossa vida - a razão e a essência para esta barafunda. É com palavras que construímos o mundo. É com palavras que os mortos se nos dirigem. É com palavras, que são apenas sons, que tudo edificamos na vida. Mas agora que os valores mudaram, de que nos servem estas palavras? É preciso criar outras, empregar outras, obscuras, terríveis, em carne viva, que traduzam as cóleras, o instinto e o espanto." in "Húmus" - Raúl Brandão.

Sim meu amor, os tempos mudaram... No entanto, as palavras e os sentimentos não. Esses continuam vivos na máquina que impulsiona aquilo que me faz viver: o meu amor por ti. O sangue? "O que é meu, é teu". E se tu és o meu amor, eu sou o teu. E se tu és tudo? Então sou tudo também.

É assim que vivemos, e, por muito mais que "esta barafunda" nos faça não a viver noutro sentido senão este, então vivamos aquele que ela quer porque estamos aqui os dois.

Porque juntos (sobre)vivemos muito bem.

"amanhã..."



Hoje não me apetece escrever nada. Estou demasiado cansado, e a vida corre como um comboio. Os meus olhos ardem, o meu pensamento está vazio como uma caixa sem nada.

Há dias em que ainda somos capazes de encontrar um fiozinho esquecido na caixa, mas hoje nem isso. Nem nada. Não quero pensar, estou farto de o fazer. Apenas quero limitar-me a ouvir a música estrangeira que passa na rádio, sem tentar sequer fazer qualquer tipo de tradução inútil que só serve para compreender que tudo o que se debita nas letras é equivalente e igual. Amores esquecidos, amigos perdidos, sentimentos fúteis e amarguras falsas. Somente me apetece observar com os olhos abertos e a mente fechada, como se a dormir estivesse.

Percorro, todos os dias, a longa estrada do meu cérebro para tentar arranjar respostas e justificar factos. Vou saltando os montes que na minha cabeça existem, procurando a felicidade que tanto me vai fazendo falta. Confronto-me com os maiores monstros para conseguir preencher o buraco que há em mim, que nem eu sei o que é.
Mas luto, e vou lutando sempre. Sim, eu sou assim – lutador.

Mas, para quê percorrer infinitamente o meu próprio mundo se, sempre que o faço, as questões não se solucionam? Não vale a pena. Mas dizem que tudo vale a pena se alma não é pequena: a minha, hoje, está pequena.

Hoje, não sou o motor do carro. Sou apenas um vidro, onde através de mim conseguem trespassar visões e observar algo que querem. Não sou automático nem manual, hoje sou nada. E, se o nada é tudo… então tudo é aquilo que sinto. E canso-me de tanto sentir, e ressentir.

Hoje estou cansado da vida triste. Apetece-me ser alegre, mas não tenho tempo. O comboio da vida vai voltando, e o espelho que sou começa a ficar opaco. Já não transpareço nada, adormeci.


Ser alegre? Talvez amanhã, talvez amanhã.

sábado, 2 de julho de 2011




Revitalizas-me a mente. Tenho pensado demasiado sobre mim, sobre os meus contratempos e tudo aquilo que tenho a fazer, onde procedi mal e onde menos bem o fiz. Tenho-me revoltado interiormente desnecessariamente e sinto-me mal por isso.

Sinto-me mal por ver que a vida passa por mim a correr e que não devia perder tempo a pensar… Penso demasiado e errado por vezes. Limito-me a ser injusto com os meus princípios e a criticar cada passo que dou. Auto-critico? Prefiro chamar-me estúpido. Não me tenho apercebido do quão bem me fazes e do quão bom de mim fazes.

Contudo, hoje tive noção. Tive noção de que uma boa conversa faz com que se abram os olhos muitas vezes sujos com poeiras do deserto enviadas pelo vento que percorre na máquina do pensamento. E arde, dói. Dói compreender que não ouvi e nem entendi que tudo o que deduzia estava errado e que tudo o que pensei não existia. Julgava-te um pouco longe de mim, e estavas longe de facto. Mas não de mim. Encontravas-te num profundo pensamento medonho que também te fazia doer… não os olhos, mas o coração.

Estúpido: como nem pude reparar nisso? Eu que digo que te vou conhecendo como a palma da minha mão e que julgo aperceber-me de tudo o que sentes. Ridículo! Foi como me senti. Mas ainda bem que senti. Ainda bem. É destes sentimentos, que provocam o estímulo nervoso do sorriso misturado com águas de choro, que precisamos. Limpas-me as poeiras do deserto, da praia sozinha, de tudo. E nem sequer necessitas de água. Basta umas palavras ditas pelo coração para eliminá-las.

É fantástico. Estou feliz! Sinto-me mentalmente revitalizado. Sinto-me estúpido. Porque devia sentir tudo de bom e não o tenho feito. Vivamos o presente! (E espero que este presente se prolongue pelo futuro.)

Também estou confuso. As palavras que fluem do cérebro para a ponta dos dedos também o estão e, por conseguinte, assim está o texto. Mas eu sei que me compreendes. Compreendes-me sem necessitares de me olhar, sem precisares de me ouvir ou de ler.


Eu sei meu amor e sei-o bem, muito bem…

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"amor & calor"


Os dias passam e o sentimento cresce.

A vida muda, dá-nos que fazer e que pensar. Sou um cais de pensamentos e tenho andado agitado. Felizmente isso hoje mudou. Tive um dia diferente.

Desfrutei da beleza que a vida tem, ao lado da beleza em vida e ouvi as gaivotas… Serenas, vagueiam no ar desfrutando sempre de uma beleza inigualável: a vista do topo. E sim, às vezes quero ser uma gaivota. Mas hoje? Hoje senti-me uma. Vi do topo tudo aquilo que sinto verdadeiramente em mim, senti o vento da felicidade a bater-me não na cara, mas no coração.

Aprofundei a visão, mas aquela do coração. Foquei-a, e apercebi-me que não se tratava de um peixe além-mar. Tratava-se dum grande sentimento, mesmo aqui de frente para mim.
E é esse sentimento que me desperta, como se de um alarme se tratasse, a vontade de viver e a fúria de conseguir ultrapassar aquilo que se opõe a mim: porque a 2, é sempre mais fácil e já o sabemos tão bem meu amor…

Vamos seguir em diante com isto! Trago-te todos os dias ao topo de mim e daquilo que sinto, elevas-me ao Sol com esse “bom dia”, alegrado por uma brisa com cheiro a mar e com esse calor refrescante que reaviva o meu ser.

Obrigada minha pequena, obrigada por despertares em mim todos os sentimentos bons que nem da sua existência tinha conhecimento. Obrigada, de novo e outra vez.